quinta-feira, 26 de abril de 2012

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu fiz – Amamentação.


Eu fiz tudo errado na amamentação do meu filho, e isso não é uma coisa que eu me orgulhe, pelo contrário, eu me sinto péssima por ter fraquejado na não exclusividade dos 6 meses. Mesmo sabendo que amamentar não é só alimentar o filho, amamentar vai muito mais além que isso. Eu fraquejei, não aguentei e pedi “arrego” para o leite artificial... Confesso que isso me deixou respirar um pouco. 

Após uma semana de parir meu filho, eu fiquei sozinha em casa com ele. E isso acabou me desgastando muito em vários sentidos, principalmente físicos e consequentemente psicológicos.
Físicos: Após o 2º dia de nascido, o bico do meu seio começou a ficar ferido, rachado, muito dolorido. Chorava toda vez que tinha que amamenta-lo, e por muitas vezes, com a grande quantidade de colostro, precisava ordenhar. No que acabou piorando as feridas!

Além das dores na amamentação, eu me sentia fraca, cansada e muita fome todo instante. O que era impossível me alimentar quando sentia vontade, pois o bebê queria ficar grudado em mim, tanto para mamar quanto para dormir. Não tinha com quem deixa-lo por uns minutinhos para que eu pudesse comer algo, ou ir ao banheiro e tão pouco para tomar um banho. 

Durante a noite era outro problema... Ele dormia bem, mas eu tinha que dormir praticamente sentada. Eu ainda tinha muito leite, toda hora tinha que levantar para trocar de roupa, colocar mais fraldas de pano dentro do sutiã, e várias vezes ordenhava leite, ou seja, eu não dormia praticamente nada. Ou quando conseguia dormir, ele acordava querendo mamar. Por muitas vezes eu quase caia de sono sobre ele enquanto amamentava de madrugada. 

Tive a indicação de uma moça da AMAMEN, pedi que ela fosse a minha casa me ajudar. Ela só observou as feridas do meu seio, e disse: “-não é mastite, mas é bom ires ao teu médico para ele receitar uma pomada!”. Ou seja, não me ajudou muito! Só fui descobrir uma milagrosa pomada uns dias depois, por indicação de uma amiga. Ajudou a cicatrizar as feridas, já conseguia amamentar sem sentir dor, mas ainda não conseguia me alimentar bem, sentia fraqueza e sentia medo que acontecesse algo mais grave enquanto ficasse só em casa com o filhote.

Após os 15 dias de vida do meu filho eu me rendi ao leite artificial. Não foi só pelo cansaço físico, ao mesmo tempo entrou o cansaço mental, o psicológico também ficou abalado. É bastante complicado amamentar quando o fulano “pai” fica ligando a todo instante querendo arrumar sarna pra se coçar.
Eu crente que ele estava querendo saber do filho, mas na verdade era para brigar. Eu crente que era para pedir desculpas, mas na verdade era para brigar mais. Eu implorava para que não me estressasse, pois afetaria minha produção de leite, mas infelizmente acabou afetando. O lado psicológico ficou muito abalado, eu sou estressada, pessoas me estressavam, eu estava tentando digerir a violência que ocorreu no meu parto, então aparece um ser que deveria me apoiar e me ajudar integralmente no sentido de cuidar e zelar pelo próprio filho, porém, só ajudou a complicar mais. Não aguentei, confesso! Naquele instante o leite artificial me ajudou muito.

O que me conforta hoje foi esta frase que uma amiga disse: “mais vale a pena uma mamadeira dada com amor do que o peito com sentimentos ruins”.

Fiquei sem internet por uns 5 meses, e isso privou de procurar ajuda nos grupos de amamentação. Quando retornei ao mundo virtual, descobri que amamentar requer muita paciência e de ajuda de pessoas próximas. Se eu tivesse dito tais conhecimentos logo após o parto, meu filho teria se alimentado exclusivamente do meu leite. E nós ficamos perdidas ao chegar num mundo novo chamado maternidade! 

Eu apoio a amamentação exclusiva, já idealizo amamentar exclusivamente o meu próximo filho, fico super orgulhosa quando amigas conseguem amamentar exclusivamente durante os 6 meses e continuam amamentando mesmo após a introdução de sólidos. 

Meu conselho... Antes do parto procurem ajuda e principalmente após o parto! 

Por isso... Façam o que eu digo, mas não façam o que eu fiz! 

Muah! =*



2 comentários:

  1. Ai lembro de quando eu fui amamentar o gu, menino é muito guloso e ele queria mamar a cada vinte minutos, e qndo meu peito raxou, usava a pomada até melhorar, banho não eram nem cinco minutos e comer comida quente era assim um luxo pra mim !
    Consegui até os quatro meses qndo voltei da licença maternidade, dai tive que dar a mamadeira :(

    Até que ele acostumou fácil, não teve nenhuma reação ao leite nem nada, mas eu gostaria de ter amamentado mais.

    Acho que toda empresa devia dar 6 meses de licença maternidade, eles precisam da gente, mas nossos filhotes precisam mto mais.

    Beijo beijo :*

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    1. É verdade, Débora!

      Que bom que você conseguiu amamentar até os 4 meses. Eu nem isso consegui! rs =/
      As feriadas que criou logo após os 3 dias de vida do Lohan foram ficando pior a cada dia e isso foi tornando doloroso amamentar. Eu odiava amamentar, pois sabia que ia doer! :(

      Infelizmente optei pelo leite artificial, bom ou não, é que o Lohan se adaptou logo, e não teve nenhuma reação alérgica.

      Apesar dos pesares, ele está cheio de saúde e crescendo super bem!! :)

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