quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mãe solo...


Titulo desta publicação está um pouco moderna, o que na verdade quer dizer “mãe solteira”!

Yes, eu sou mãe solteira. Prazer!

Quando eu descobri a gravidez, já estava solteira, durante a gravidez continuei solteira e quando o filhote nasceu continuo solteira! (só espero que não por muito tempo, tá Papai do Céu?!).

No instante em que descobri a gravidez resolvi informar o fulano da novidade, lógico que de inicio ele não curtiu muito e da parte dele rolou até uma “sugestão” de aborto, e isso é para mim é uma questão não negociável. Sou totalmente contra este ato, não sou assassina, só de pensar nessa possibilidade me dá arrepios e enjoos. Como é que alguém faz uma “coisa” dessa consigo mesma? Com o próprio filho? (mesmo que ele ainda não esteja todo formado, o feto ainda é uma vida!).

No decorrer da gestação eu fazia tudo sozinha, poucas vezes tive a companhia de amigas. E admito que uma vez tentei manipular o fulano para ele participar mais ativamente das consultas e dos ultrassons obstétricos. Mas (in) felizmente ele só compareceu uma vez e depois não quis mais conversa. De certa forma eu não o queria mais ao meu lado como homem, e sim queria que o meu filho tivesse um pai presente! Um pai é sempre fundamental em nossas vidas, não?! Eu não tive esse privilégio, convivi tão pouco com meu pai biológico e não lembro muito desses poucos momentos em que convivi com ele. Confesso que várias vezes senti inveja daquelas amigas que tinham seus pais presentes em suas vidas, mas me recompensava em saber que minha mãe fazia o que podia para dar a mim e meu irmão o melhor!

A gestação inteira foi regada de estresse, brigas, xingamentos e afins. Parece que o objetivo do outro era machucar com palavras e essas são as que mais doem no rosto e na mente! Por muitas vezes me peguei acariciando a minha barriga, chorando, e perguntando “Por quê?”. Foram momentos dos quais nem quero lembrar, mas quero registrar um pouquinho do que passei e não desejo para ninguém essa experiência.  Por muitas vezes eu sentia medo que tanto estresse pudesse atrapalhar o desenvolvimento do meu bebê, e eu implorava para o fulano que não brigasse. Mas foi em vão, teria sido mais fácil pedir para uma parede!



O tempo foi passando, a barriga crescendo, novamente fazendo tudo só; Consulta, exames, cursos para gestante, compras para o bebê, e muitas vezes desabafava em um grupo virtual onde muitas me deram força para aguentar tudo o que estava passando e que logo iria ser recompensada com a chegada do meu filho. Coloquei minhas forças nisso e só pedia a Deus pela saúde do meu filho.  Semana após semana eu contava, ficava ansiosa com a chegada, e perdia as esperanças de que o meu filho tivesse um pai presente em seus primeiros de vida...

Dia 01 de outubro de 2011, Lohan nasceu, cheio de saúde e de choro forte!  O meu bebê nasceu de parto normal! (era pra ter sido parto humanizado, mãssss...).  Então eu fiz minha ultima tentativa, informei o fulano do nascimento do nosso meu filho. Ainda estava no hospital de Clínicas Gaspar Vianna, após o horário de visitas ele resolveu aparecer para conhecer o filho. Logo que ele bateu os olhos no bebê a fisionomia mudou completamente, ficando bobo, todo orgulhoso e corujando o quanto o filho era bonito. Infelizmente isso durou 3 vezes durante os 15 dias de vida do meu filho! Logo a emoção de ser pai foi embora e retornou a emoção de continuar sendo um filhinho de papai mimado. Não demorou muito para que aquela pessoa que tanto brigava comigo durante a gestação retornasse as brigas do passado, o que acabou gerando mais estresse para mim.


Registrar o nascimento do Lohan foi desgastante, mas conseguimos! \o/  (ao menos isso...)
Atualmente eu e meus pais arcamos com todas as despesas e criação do Lohan. Isso foi uma escolha nossa e por enquanto não me arrependo dessa decisão. 

Graças ao meu bom Deus que não nos tem faltado nada. 
Meu filho está crescendo bem, se desenvolvendo no tempo dele e esbanjando saúde e felicidade para todos os que o cercam.



2 comentários:

  1. Gostei do post, na verdade me vi nele, tbm sou mãe solteira e meu filhote nasceu em agosto de 2011. Sei exatamente como é passar por isso, tomei a msm decisão que você. Me emocionou e muito.

    Vou acompanhar !

    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Débora, eu fico feliz que tenha gostado do meu blogger. Ele foi feito com amor e muita dedicação. Digamos que esta sendo o meu segundo “filho”! Rsrs

      Apesar dos pesares, eu estou aprendendo muito com essa responsabilidade “solo”. É difícil, desgastante e prazeroso. Mas não nos importamos com o rumo que a vida fez. Eu sei que lá na frente tudo terá uma resposta!
      Muita força para nós, mães batalhadoras, mães guerreiras e que depois dessa... Aguentamos tudo! Hehehe

      Fique a vontade! O blogger é nosso... Opine, compartilhe, comente, dê ideias, enfim.. . Tudo será bem vindo!

      Beijos e sucesso pra você mãezona!

      Muah =*

      Excluir