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Ao longo que ia se aproximando a minha DPP (data prevista para o parto) que era
24/09/2011, eu vinha mantendo contato direto com a doula Thayssa. Mesmo quando eu
não sentia nada, ela me ligava e perguntava como estava me sentindo.
Quarta-feira, 21/09/2011:
Estava com 39 semanas e 6 dias, um dia normal em casa. Entre pequenos afazeres
domésticos, reforma na parte externa da casa, e hora ou outra sentia a barriga
ficar bem dura (a doula disse que são contrações internas), fui ao banheiro
fazer xixi e senti um cheiro super forte. Achei estranho e sabia que conhecia
aquele cheiro de algum lugar... Desconfiei que pudesse ter sido a bolsa ter
estourado, fui atrás da água sanitária para cheirar, cheirei e “-NÃO PODE SER.
FU%$#$%!”. Liguei para a doula e disse o que aconteceu. Como eu usava protetor de
calcinha, não tinha como ter uma noção da quantidade que havia saído, mas
olhando para o protetor, achei que foi pouco. Não foi tanto ao ponto de
ensopar! Rsrs
Por conta do furo na bolsa, a doula, só para descargo de
consciência, pediu que eu fosse à obstetra fazer uma avaliação, só para que
tivéssemos certeza que estava tudo bem com o bebê.
Detalhe: Hoje teria uma
consulta com a obstetra, ela iria fazer as avaliações (pressão, peso, ouvir o
coração do bebê e também fazer o toque), mas como eu não teria novos exames
para mostrá-la eu resolvi não ir à consulta!
Quinta-feira,
22/09/2011: Senti umas “coisas” nas partes baixas. Como se o bebê tivesse
empurrando! Liguei para a obstetra, expliquei que achava que tinha saído
um pouco do liquido. Ela então recomendou que fosse feito uma ultrassom para
podermos saber a quantidade do liquido e também ver se o coração estava num bom
ritmo. Ela então ia deixar a solicitação do exame no consultório, acabei nem
indo buscar para realizar o exame. Pois eu estava sentindo o Lohan mexer
bastante, e mesmo quando não mexia, eu cutucava e ele “respondia“!
Já à noitinha, na hora de dormir, comecei a sentir umas
contrações próximas da outra, porém estavam fracas. Liguei para a doula e
ficamos contando as contrações, até que passaram. Então eu pude dormir bem à
noite.
Sexta-feira,
23/09/2011: No decorrer no dia só sentia as contrações bem fracas,
praticamente indolores. Barriga ficava dura várias vezes, nada de incomodo. À
noite quando estava caindo no soninho, comecei a sentir uma dor muito forte na
lombar, a barriga ficava dura diversas vezes, isso durou uma hora... Fiquei
andando pelo corredor, desci e subi as escadas e então passou. Pude voltar a
dormir e descansei bem!
Sábado, 24/09/2011:
Sem contrações, sem barriga dura, sem nada. Tudo fluindo normal. Saiu um
pedacinho do tampão, limpo e sem fios de sangue. Tudo caminhando normal.
Liguei para a doula e a informei sobre o ocorrido.
Observação: no
decorrer dessa semana, eu vinha sentindo fortes dores de cabeça. A doula ficava
super preocupada.
Domingo, 25/09/2011: De
manhã cedo, por volta das 8 horas as doulas Thayssa e Julia Amorim foram me
buscar em casa e me acompanhar para uma consulta de monitoração no Hospital de Clínicas
Garpar Vianna, através do enfermeiro obstetra Horácio. Consulta para ver se a
pressão, coração e o bebê estava virado e encaixado. No decorrer do dia recomeçou as contrações fracas,
barriga dura. Tudo sendo super bem suportável. Nem me empolguei, fui agüentando
e até que passou o “alarme falso”!
Terça-feira,
27/09/2011: Esta noite consegui dormir bem, sem dor de cabeça. Lohan
mexendo bem...
Quinta-feira,
29/09/2011: Saiu todo o tampão limpo e sem fios de sangue. A coisa é
nojentinha, parece catarro! Rsrs
Sexta-feira,
30/09/2011: Completando 41 semanas de gestação. Mentalizando aquele mantra “posso esperar mais uns dias, ainda
faltam 7 dias... 42 semanas...” . Amigos próximos perguntando; “Cadê o Lohan?”. “E agora, amiga?”. Não sentindo nada durante o dia, tudo normal...
Sem sinal de contração, barriga dura, e.t.c..
Estava exausta resolvendo algumas coisas, não descansei nada no decorrer
do dia. Chegando a noite, meu corpo estava muito cansado, tudo que queria era
dormir. Preparei-me para dormir, consegui uma posição confortável, pois a
barriga já estava esgotando qualquer alternativa de dormir...
Quando finalmente
eu começo a sonhar, comecei a sentir fortes dores na lombar, e ai pensava: “Não deve ser nada, é bem mais um alarme
falso...” . E ai as dores iam ficando muito fortes e próximas, cheguei à
conclusão que não eram somente dores na lombar e sim contrações!!
Rapidamente procurei papel e caneta e comecei a cronometrar
de quanto em quanto tempo vinham... E estavam de 5 em 5 minutos. Desci e chamei
a minha mãe para me ajudar a contar, ela passou a anotar e eu a agüentar as
dores! Rsrs
Quando me dei conta, e olhei no papel, as contrações estavam
bem próximas e o tempo diminuiu. Foram ficando de 3 em 3 minutos, de 2 em 2...
Então resolvi ligar para a doula Julia (A doula Thayssa viajou para São
Paulo para fazer um curso de doula avançado...), expliquei para a Julia o
que estava sentindo. Resolvemos que era melhor a doula vir para minha casa e
ficarmos lá para observar as contrações.
Enquanto esperava a doula chegar, estava no meu quarto com a
minha mãe contando as contrações. Dentei descansar um pouco, e então senti uma
vontade incontrolável de vomitar... Corri ao banheiro, acabei me sufocando com
a força que botava pra fora o pouco que havia dentro de mim. Desesperei-me com
a ação do vomito, minha mãe tentava me fazer respirar... Foi um momento tenso e
passado o susto, voltei para a beira da cama e sentia as contrações. Eu então
decidi que seria melhor descer e quando a doula chegasse, aproveitaria o taxi e
já queria ir para o hospital.
A doula chegou e me viu com as contrações fortes,
me fez voltar para o meu quarto e agüentar mais um pouco... A doula ficava
fazendo massagens na lombar para que amenizasse mais as dores. Eu desejava
ficar debaixo do chuveiro quente, então faltou água no bairro. “E agora?!” Implorei
para a doula para que fossemos logo para o hospital, pois meu desejo mesmo era
o chuveiro quente! Rsrs
Minha mãe chamou um taxi, logo chegou e quando eu tentava
entrar no carro, senti uma forte contração... Resolvi voltar e me segurar no
portão de entrada até que passasse. O
hospital fica bem próximo de casa, mas naquele momento parecia uma eternidade.
Demos entrada no hospital ás 4 da manhã, a doula e a mamãe me acompanhavam, mas
só podia uma pessoa ficar comigo, então foi a doula e a mamãe ficou aguardando
na portaria do hospital. Como era de madrugada e o setor obstétrico estava
praticamente vazio, consegui convencer o médico para que a minha mãe também
ficasse comigo.
Fui avaliada pelo primeiro plantonista, o Dr Raimundo Góes,
estava com 8 cm de dilatação, então ouvíamos a pergunta do plantonista: “-Normal ou cesárea?”, olhei para a
doula sem entender aquela pergunta e ela respondeu por mim.
Ele olha para o
relógio em seu pulso e diz que no máximo ás 6 horas o bebê já estava nascendo,
e imediatamente fui encaminhada para o quarto equipado para o parto humanizado.
Lá um enfermeiro me entregou a camisola e fui logo perguntando pelo chuveiro
quente.
Minha mãe foi liberada para que pudesse ficar comigo. Eu no
chuveiro quente me segurando na barra de apoio a cada contração e chorando
muito. Mamãe, doula e uma enfermeira obstetra (super atenciosa e gentil) me
ajudavam naquele processo. Tempo depois o plantonista volta e pede para fazer
uma avaliação (toque), me fez deitar na cama/maca, não suportava ficar naquela
posição horizontal, me doía muito mais, me contorcia de dor, chorava... Ele fez
o toque, faltava pouco para a dilatação total. Não me permitiu voltar para o
chuveiro, e então fiquei sentada na banqueta de frente pra cama, e comecei a
entrar na “partolândia” * (momento onde meu ‘espírito’ sai do corpo, não
percebo o que acontece do lado “de fora”.), a doula fazendo massagens na
lombar.
O plantonista volta e pede eu me deitar na cama para
estourar a bolsa, colocou um recipiente debaixo da minha bunda e lá foi
estourar a bolsa. Ops... Não tinha quase nada de liquido! RS E todo mundo se
perguntando do sumiço do liquido, olhavam pra mim desconfiados e eu me fazendo
de “não sei cadê!”. Doeu muito, doeu, doeu. Ao ponto de me contorcer na cama e
gritar! Ele avisa que as contrações iam ficar mais fortes, doloridas, e ele foi
embora do quarto.
Novamente o plantonista para fazer outro toque, e ele dizia:
“-Bora! Já esta quase lá, ele já está bem
aqui, já sinto a cabecinha dele. Empurra!!” . Eu não conseguia empurrar,
estava fraca demais, o plantonista foi embora e eu fui para bola e me apoiava
na barra de alongamento. A doula pedia que eu pulasse, mas eu estava tão fraca,
não tinha forças para pular na bola.
A doula então fez por mim, segurou meu
quadril e ia fazendo o movimento de pular, e quando precisava fazer a massagem,
a mamãe fazia o movimento na bola pra mim. Eu gritava, chorava, batia as mãos
na parede, dizia que não ia agüentar até o final. Comecei a implorar por
anestesia, a doula me explicava que era melhor não, meu bebê ia nascer molinho,
que eu deveria agüentar mais um pouquinho, já estava quase acabando... “só mais
um pouquinho”, ela dizia.
Chegou um momento em que pedi implorando para a minha mãe
chamar o plantonista, a mamãe foi atrás dele, e ele voltou perguntando o que eu
queria. Eu queria anestesia!! Então ouço que não existe (oi?) anestesia para
parto normal. Me senti ridícula, um lixo, e então veio a idéia “brilhante” de
pedir a cesárea... Já devia ser umas 6 da manhã, então ele diz que não! Eu ia
agüentar aqui até o fim, faltava pouco. Ele foi embora e eu fiquei ali me sentindo
fraca, com sono, suja, implorava para acabar logo. Olhava pela janelinha e via
que estava amanhecendo, e me perguntava se aquilo ia demorar mais. Reclamava
para a doula que estava com muito sono, cansada...
Novamente o plantonista volta e faz outra avaliação, outro
toque, ou melhor, deslocamento das membranas. O que faltava pouco, agora já
estava com dilatação total! Eu ainda sentia as contrações na lombar, me
contorcia na cama, gritava, chorava e ele me pedia para empurrar, fazer força.
Mas eu estava sem forças, não conseguia!
Sai da bola e fui para a banqueta, fiquei ali, aquela sim
era a melhor posição. Não sentia muita dor. E então tudo “parou”, senti um
alivio tão grande e até cheguei a pensar que não ia parir mais! RS
Ops... Comecei a sentir a “força de fazer cocô”. É uma força
estranha, não tinha controle sobre meu próprio corpo, a vontade vinha que nem
as contrações, mas essas não doíam, essas eram somente a ‘’vontade de fazer cocô’’.
Troca de plantonista... Vai embora o Dr Raimundo Góes e vem
a Drª Renata (não sei o sobrenome).
Mal o Dr Raimundo Góes fez o último toque do seu plantão
naquela madrugada e entra uma plantonista de nariz empinado, entrou no quarto e
então ela pede para fazer outra avaliação, a doula interveio e perguntou o
motivo de fazer outro toque, já que o Drº Góes havia acabado de fazer um toque.
A médica ficou horrorizada, achou aquilo estranho e nem deu uma explicação, só
fez dizer que mais tarde voltaria. A médica pediu para o enfermeiro colocar um
soro de glicose em mim...
Não demorou muito ela voltou para o quarto, ainda me vendo
na banqueta e foi logo dizendo: “- Ah
não, não vou fazer esse parto no chão...”. A plantonista teve uma idéia
“brilhante” de fazer os enfermeiros tirarem o colchão da maca, colocar a
banqueta no chão e me colocar ali, na direção dos olhos dela. Fiquei pendurada
sobre a maca sentada na banqueta. A doula pegou o celular e tirou uma foto, a
médica olhou estranho e perguntou porque ela estava tirando foto. Rapidamente a
doula respondeu que nada demais, era apenas para guardar de recordação! Rsrs
Fiquei ali sobre a cama sentada na banqueta, sentindo a
“vontade de fazer cocô”. A plantonista fica me olhando com cara azeda e
pergunta se eu estou segurando a vontade... (oi?) Obvio que não estava
segurando, não tinha como segurar aquilo, era muito mais forte que eu! RS...
Ela ficou me olhando por um tempo, observou as partes baixas e diz: “Vai lacerar isso aqui!”. De repente ela
muda de idéia e resolve desfazer todo o circo que montou na cama, e faz os
enfermeiros retirarem a banqueta e colocar novamente o colchão. E lá fui eu
deitar na cama. Eu fazendo a força, a doula me deu a sua mão para que eu fizesse
força e rapidamente a plantonista diz: “Não
vou esperar lacerar...”. Pegou a anestesia local, aplicou nas partes, fez o
corte, um empurrão e nasceu ás 7:59am com 3,420kg e 50cm!!
Não senti o circulo de fogo, não senti o ombro virar, não
senti nada nas partes baixas... Para mim, naquele momento, foi tudo muito
rápido. Não deu tempo nem de respirar!
Em flashes me vêem na cabeça a vendo fazer a sucção do bebê
(retirando o liquido do nariz e boca), depois eu senti um puxão forte, uma dor
muito grande... Gritei com a pouca força que restava dentro de mim! A
plantonista diz: “-Calma, é só a
placenta...”. Pensei: “Sério que era
só a placenta? Juro que pensei que tinha puxado o resto do meu corpo.”
Imediatamente após o puxão da placenta, me aplicaram
ocitocina sintética no bumbum. (Depois de 48horas eu soube que era pra estancar
o sangramento que a plantonista tinha provocado por puxar a placenta.)
Imediatamente colocaram o Lohan sobre mim, senti o cheiro
dele (que cheiro gostoso!!!), ele me olhou bem no fundo dos meus olhos, chorou
forte e eu conversava com ele. Não demorou muito e retirou ele de mim. Imediatamente
comecei a me tremer feito vara verde, me tremia muito, eu não entendia porque
estava me tremendo, e ficava repetindo;
“- Tô me tremendo muito, to tremendo, to tremendo...”. Não conseguia manter as pernas abertas para a
plantonista poder fazer os pontos. Ela pedia para que eu não me mexesse, usando
um tom de voz muito rude, grosseiro. Virou para a doula e pediu que segurasse
minhas pernas, e então a doula segurou. Eu olhava pra doula e dizia que estava
tremendo muito, sentia muito frio.
A plantonista enquanto
fazia os pontos da episiotomia, olha pra mim e diz: “- Ta vendo?! Na próxima
vez me escuta quando eu disser pra fazer logo o corte!!!” . Não respondi,
não tinha o que responder, eu estava fora de controle preocupada o porquê de me
tremer e sentir frio.
Lohan nasceu! Depois dos cuidados da pediatra no mesmo
quarto, veio para meus braços e ficou ali dormindo. Mandaram colocar para mamar
um pouco, enfermeiras viram que o bico do meu seio ficou invertido, pegaram uma
seringa e fizeram puxar o bico. Ele mamou um pouquinho, não estava com fome. Durante
o dia ele mamou pouco, preferia dormir.
A doula Júlia ficou por mais um tempo comigo no quarto onde
pari o Lohan, poucas horas a mamãe retorna e a doula vai embora para descansar.
Mamãe conheceu o netinho, e como uma boa avó, o pegou e ficou ali babando nele.
Já eram 12 horas, fomos transferidos para o quarto do alojamento. Poucos
minutos e trouxeram o almoço, comi um pouco e senti um enjoou. Vomitei o pouco
o que comi, perguntei para uma enfermeira se era reação da ocitocina sintética,
e ela confirmou! Lohan preferia dormir, não estava com vontade de mamar.
No decorrer do dia vinha sempre uma enfermeira perguntando: “Seu primeiro filho?”. “Ele está mamando?” “Coloca ele aí no seu
peito, deixa ver se ele está mamando direito!”. Foi uma situação
constrangedora, a enfermeira nada delicada forçava o meu filho a mamar e ele
demonstrava que não estava interessado. Ele queria dormir e ela continuava
forçando! Foi preciso usar um tom de voz nada delicado para que ela pudesse
entender que ele não estava com fome. Ele dormia, vomitava uma gosma meio
amarela e transparente que havia no estomago dele (por isso não estava querendo
mamar), e com isso, foi querendo mamar um pouco. Ele se comportou bem no
primeiro dia de vida! Dormia e mamava bem... Todo instante vinha médicos,
enfermeiros, fazer exames de rotina, dar remédio por pausa da perda de sangue
do parto. Tudo correu tranqüilo durante o dia.
Domingo (02/10/2011):
Lohan estava faminto! A todo instante queria mamar, pouco dormia. E quando
dormia, não queria ficar no berço que ficava ao lado da minha cama. O dia
inteiro mamando... A minha obstetra que cuidou de mim durante a gestação estava
de plantão, foi me visitar e perguntou como foi meu parto. Desabafei, contei
tudo o que ocorreu. Ela ficou assustada, pois não achava que a plantonista que “fez”
meu parto chegasse ao tal ponto de indelicadeza. Em seguida chegou uma
enfermeira para fazer a rota dela, e ficou incomodada por estar com o meu filho
nos braços. Ficava sempre vindo na porta do quarto dizer que ia acostumar mal o
meu filho. Que eu ia me arrepender depois, que era pra o deixar chorando no
berço e ir tomar um banho. Vários comentários e “conselhos” nada agradáveis e
tinha que fazer cara de lesa.
Segunda (03/10/2011):
Feliz! Hoje é dia da minha alta.
Estava louca para ir embora para minha casa. Chega a Doutora Layses, digamos
que ela é a “chefona” da ala ginecológica e obstétrica do hospital. Fecha a
porta do quarto e toda grossa vai dizendo pra eu tirar a calcinha para ela
verificar a episiotomia. Fiquei assustada com aquela atitude, fiz o que ela
pediu, ela verificou, disse que estava tudo bem com os pontos, e também que eu
tinha que esperar a pediatra para verificar o bebê e assim eu pudesse ter minha
alta. Não demorou muito veio à pediatra, e infelizmente percebeu que o Lohan
estava um pouco amarelo, disse que no momento ele não ia poder ter alta. Ia
solicitar um exame para verificar o grau da bilirrubina. Algumas horas depois
veio uma enfermeira de um laboratório do hospital, retirou sangue do meu bebê e
disse que o resultado ia sair no fim da tarde, e dependendo dele, eu ia ou não
ter alta.
Esperei, esperei, esperei e nada de vir alguém com o
resultado do exame do Lohan. Minha prima estava comigo me acompanhando, ela foi
atrás de noticias sobre o exame e nada!
Relatei meu parto para a minha prima e ela deu a ideia de compartilhar para a Doutora Layses, pois ela é defensora do parto normal/humanizado. Procurei ela e contei tudo o que lembrava do meu parto. Ela pedia desculpas, que isso não é costume do hospital, eles estão implantando parto humanizado, e e.t.c.. Ela então pediu que eu escrevesse o meu parto, colocasse informações, tirasse cópia para ela e uma para entregar na ouvidoria do hospital.
Nesse tempo, Lohan foi vacinado, me deram uma agenda
referente ao calendário de vacinação. Explicaram algumas coisas, cuidados, e
afins...
Passada mais umas 2 horas, novamente fomos atrás de noticias
do exame do Lohan, então descobrimos que a papelada estava toda pronta, só
faltava à assinatura da pediatra. Esperamos mais um tempo, novamente fomos
atrás de informações sobre a minha alta... Uma enfermeira ficou encarregada de
procurar a pediatra para que ela pudesse assinar e me liberar.
Enfim a enfermeira aparece e diz que fui liberada, minha
alta foi assinada! Imediatamente me adiantei, procurei uma roupa, tomei banho,
arrumei minhas coisas e saímos do hospital... na saída minha prima entrega o
relato do meu parto para a ouvidoria.
Meses depois eu descobri que a médica que “fez” meu parto,
foi demitida. Retornando para a Santa Casa de Belém, continuando sendo super
arrogante com seus pacientes e colegas de trabalho. Parece que ela não aprende, néah?!rs
--
Pela minha experiência, por ter sido violentada no meu parto. Eu aconselho: Se você, mãe, foi violentada... DENUNCIE! Você tem esse direito, você é dona do seu corpo, você é a protagonista do seu parto!
Sem palavras... Só a felicidade de ver você e o Lohan bem e felizes!!!
ResponderExcluirMeus parabéns pela iniciativa, por compartilhar essa história e por defender esse ato de amor que é o parto humanizado!!!
Que médica estupidaa!!! Num momento tão sensivel para nós mulheres em que cada uma tem o direito de fazer as suas escolhas e ser apoiada levar com pessoas deste tipo não devia ser permitidoo!! Desde a médica a enfermeiras que acham que podem opinar arrogantemente o que nós MÃes achamos melhor para os nossos bebés .. que lataa!! Nem sei o que dizer ! Fiquei profundamente revoltada e espero que sirva de lição para tds nós ! Que temos direitos!!
ResponderExcluirÉ verdade, Anônima!
ExcluirEu fiz minha parte em denúnciar a violência que sofri no meu parto, e descobri que a médica foi demitida do hospital. Ufa, acho que isso é um alivio, não? Mesmo que eu não vá parir lá novamente, mas fiz isso para o bem de outras futuras mães que chegarem lá querendo parir seus bebês de forma mais humana.
Apesar dos pesares, eu gostei de parir e bato na tecla novamente... Parto normal é o melhor!
Que relato lindo! Apesar da brutalidade da Plantonista, quero dizer que esse texto só me deixou com mais vontade de que quero normal mesmooooooo. Vou fazer o possivel pra isso ser possivel. Que Deus me abençoe com o meu parto normal!
ResponderExcluirDeus vai te abençoar MUITO. Estou torcendo por isso!
ExcluirPena vc não lembrar o nome todo dessa "cavala"
ResponderExcluirSó lembro dela se chamar "Renata", só isso. :(
Excluirboa noite.. parabéns pelo parto!
ResponderExcluirgostaria de saber qual o hospital que você teve seu bebê.. estou procurando hospitais em belém que façam partos humanizados..
Olá Ana Carolina
ExcluirFoi no Hospital Gaspar Vianna.
Qual seu e-mail para te passar contatos? :)
parabéns pelo bb.. relato lindo..
ResponderExcluirqual o nome do hospital.. sou de belém, estou grávida a procura de um parto humanizado..rs